29.8.06

Estaria o Rei Nu?

É até chato escrever sobre assunto tão local num blog que tem a maioria de leitores forasteiros, mas meus dedos coçam para compartilhar a polêmica e o debate de baixo nível travado entre setores culturais e a atual administração pública goianiense. GYNCity estaria largada às moscas? É um exagero dizer que o rei está nu, como andam espalhando por aí, em mailings sorrateiramente roubados da Assessoria de Comunicação da própria Secretaria de Cultura. Por outro lado, muito há que ser feito para provar o contrário.

De um lado do tatame, a SeCult e seus investimentos em salas como as do Centro Cultural Goiânia Ouro. Um sopro de ar fresco na cultura local e um alento na recuperação do centro histórico da cidade. O porém é que o centro de artes foi erguido em prédio particular e, pior, de proprietário ligado até o pescoço com a administração pública. O dono do antigo Cine Ouro é Ivan Roriz, parente do governador de Brasília, Joaquim Roriz, que é do mesmo partido do prefeito de Goiânia, Iris Resende.

Do outro lado do tatame, agitadores culturais como Deolinda Taveira e Luiz de Aquino, conhecidos por não conseguirem separar a razão da paixão pelo que fazem. Tiros saem por todos os lados, até pela culatra. Petardos dirigidos ao Secretário de Cultura, Kleber Adorno, e à Assessoria de Comunicação da SeCult. Ambos contrariados com tudo, desde os investimentos no prédio dos Roriz até a subutilização do histórico prédio do antigo Grande Hotel, que deveria ter virado uma Biblioteca Pública, mas que perece nas mãos do confuso poder público. Estariam eles dispostos a discutir os problemas e a política cultural do município ou apenas interessados em algo mais? Um cargo? Tomar a própria SeCult como se estivessem em guerra?

Como juízes da situação, jornalistas do nanico Jornal Opção decidem publicar a discussão, com a 'isenção' opinativa que lhes é peculiar, lógico. Em texto tendencioso de Helozia Amaral, o jornaleco deixa escapar o veneninho pelos cantos da página, como se fosse um blog descompromissado com a verdade ou com os lados do fato. Isso é assunto pro PUVMO 3.0, não pra um jornal que recebe dinheiro público e se pretende sério. Come on!

Enquanto isso, as partes se digladiam em emails ofensivos que a imprensa toda recebe... Muito bonito. Muito construtivo. Muito gostoso de ler. Isso tudo em ano de eleições. Estaríamos nós no meio do fogo cruzado eleitoreiro? O PUVMO 3.0 também é cultura.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Nossa, não conhecia essa história toda... Bem, pelo menos o Cine Ouro não virou igreja do bispo Macedo.

29/8/06 5:59 PM  

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