Egüinha Pocotó

Depois de uma semana na Argentina, eis que o carro (sim, quatro loucos rodando quase 3 mil km de carro) se aproxima de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul. Com saudade de ouvir canções em português, rodamos o dial do rádio em busca de uma estação brasileira...

...vou mandando um beijinho pra filhinha e pra vovó, só não posso me esquecer da minha egüinha pocotó... pocotó, pocotó, pocotó, minha egüinha pocotó...

Era esse nosso 'welcome home!'?

Socorro! Façam o primeiro retorno! Quero voltar pra Buenos Aires! Isso não é recepção! É um pesadelo! Ainda mais em uma estação de rádio do estado onde mora um de meus leitores de gosto mais refinado... Marcelo, juro que sempre pensei que no RS não tocava esse tipo de música... afinal, só tenho você como referência. rs.

Enquanto isso, na capital argentina, as rádios se esbaldam com Miranda! e Mika. Estou apaixonado pelo pop do Miranda!, que o Lu já havia me apresentado virtualmente, mas que ainda não havia repercutido como agora em meus hábitos diários.



Nesse Prisionero, do video acima, é possível entender todas as diferenças entre a Argentina e o Brasil. É possível entender até porque os portenhos nem sequer admitem discutir sobre quem teria sido o melhor jogador de futebol de todos os tempos. Maradona passa longe de ser um chato de galochas, como é Pelé.

Nos pubs portenhos, percebi mais uma vez que a cerveja que bebemos no Brasil é uma merda. Quando forem à Argentina, além de alfajores, que sempre adorei, me tragam também de presente algumas garrafas de Stella Artois, please! Juro que as beberei ao som de Grace Kelly.



Meu consolo (e também desespero) é que amoreco vai passar os próximos sete anos morando nas charmosas ruas de Palermo. Ao menos duas vezes ao ano, experimentarei novamente o doce gostinho de passar uma semana na elegante capital argentina.

De avião... lógico.

;)